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sexta-feira, 6 de agosto de 2010

História de Uma Gata (Vanessa da Mata)

Me alimentaram
Me acariciaram
Me aliciaram
Me acostumaram

O meu mundo era o apartamento
Detefon, almofada e trato
Todo dia filé-mignon
Ou mesmo um bom filé... de gato
Me diziam todo momento
Fique em casa, não tome vento
Mas é duro ficar na sua
Quando à luz da lua
Tantos gatos pela rua
Toda a noite vão cantando assim

Nós, gatos, já nascemos pobres
Porém, já nascemos livres
Senhor, senhora, senhorio
Felino, não reconhecerás

De manhã eu voltei pra casa
Fui barrada na portaria
Sem filé e sem almofada
Por causa da cantoria
Mas agora o meu dia-a-dia
É no meio da gataria
Pela rua virando lata
Eu sou mais eu, mais gata
Numa louca serenata
Que de noite sai cantando assim

Nós, gatos, já nascemos pobres
Porém, já nascemos livres
Senhor, senhora, senhorio
Felino, não reconhecerás

Composição: Enriquez/Bardotti - versão: Chico Buarque



Um comentário:

  1. ESSA VERSÃO DO CHICO E PERFEITA.A METÁFORA EM RELAÇÃO A LIBERDADE NÃO PODERIA SER MELHOR,JÁ QUE OS GATOS SÃO ANIMAIS QUE NÃO SE APEGAM AOS DONOS E MESMO QUE TENHAM LAR,VIVEM NA RUA...
    E SE O DONO NÃO LHES QUER MAIS ELES SIMPLESMENTE MUDAM DE LAR.
    PARA AQUELES QUE SE APEGAM FÁCIL,MAIS NUNCA SE TORNAM DEPENDENTES DO OUTRO.
    LIGYA FAGUNDES TELLES EM ENTREVISTA Á CADERNOS DE LITERATURA(EDITORA IST MOREIRA SALLES)QUESTIONADA PORQUE OS GATOS SEMPRE ESTAVAM PRESENTE EM SUA OBRA RESPONDE CATEGORICAMENTE:SÃO CARINHOSOS,MAIS NUNCA SUBMISSOS.

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